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quinta-feira, 16 de abril de 2015

A cigana leu o meu destino

Nem era cigana, pois delas tínhamos medo
acampavam perto da casa de veraneio do meu avô;
viviam em tendas, vendiam tachos de cobre,
tinham as mãos morenas cheias de anéis de prata.
Destas fugíamos , roubavam crianças, diziam os antigos.
Se fosse hoje não haveria espaço para as tendas
cada pedaço de chão tem dono.
Eram mulheres comuns
tinham, casa, hall de entrada,
tapete e mesa.
A primeira lia em um copo d´agua
disse que minha vida seria um caminho cheio de luz;
pra minha amiga o oposto
Seria um caminho tortuoso, escuro.
Lembro, que mocinhas, ficamos impressionadas!
E se não tivéssemos ido
o caminho dela teria sido escuro?
E o meu ? Eu acharia cheio de luz?
Penso agora,
 Que quando alguém prevê o futuro, programa
de uma certa forma, a vida das impressionáveis.
Cada vez fui menos....
O futuro a deus pertence dizia
Não ia, não vou!!
A última que fui,
me disse que perderia minha mãe
meu pai iria em seguida
Ainda bem, minha mãe não tomou conhecimento,
segue vivinha
triste pela ida de meu pai;
eu calada não permiti que
eles programassem
para que esta tivesse razão.
Mas chorei um bocado
pelo luto antecipado
tudo foi diferente;
o futuro?
a Deus pertence!!

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