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domingo, 30 de agosto de 2015

homem de papel

Papel jornal
deste que esta acabando
que mostra a noticia
agora envelhecida 
pela rapidez da internet.
Este que vai acabar 
que embrulha o peixe
que reveste o piso molhado
que absorve água
que vira máscara.


sábado, 29 de agosto de 2015

cenário perfeito


Pra meditar
pra caminhar
pra se benzer
pra rezar
pedir harmonia



Ter lucidez
vencer as demandas
alimentar o espírito



na volta 
o jardim da Antonia
sempre cuidado
devolvendo em flores
 o amor que ela dedica

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

ja vi

A ilha 
já vi,
o barco laranja,
a bike encostada,
já vi,
barcos ancorados, 
já vi,
a enseada à tardinha,
já vi.
A cor do mar de inverno
só a cor
porque inverno mesmo
não vi!
Se me canso?
tão bonito!
Tão comum aqui!
 Não me cansa
 olhar.


quinta-feira, 27 de agosto de 2015

mar sem praia


Difícil passear
em alguns lugares 
só caminhando 
com os pés dentro d água
Mas bom pra respirar
fundo.



O banco vazio
pulmão cheio de ar
poente... 
surpresas agradáveis
me dão esperança
no amanhã
só o tempo
responde.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Caminhando


Pelo anoitecer
horizonte escuro
ameaça de chover
procurando abrigo
coração tranquilo
Dia difícil



Esperando a noite
dentro do ninho
da cada abrigada
as árvores me protegem
Os cães impõem respeito
o peito apertado
o tempo passando
a música me embala
dormir cedo
Tim Maia pede
sossego
eu peço
harmonia




segunda-feira, 24 de agosto de 2015

que seja rápido

Já que levou tanto tempo pra chegar 
Favor não se demorar
tem uma primavera 
se aprontando
pra ficar

sábado, 22 de agosto de 2015

a primeira camada

Como nós humanos
muitas camadas virão
por proteção
segurança
assim fica difícil quebrar
delicada como os humanos 
elas se ferem
se machucam
tenho que consertar
sempre no chakra
da intuição
a cor azul cobalto
o som
OM
deixe ressoar dentro de voce
o som universal

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

cinzento

cinza
grisalho
mesmo assim
belo
por que?
a beleza esta nos olhos
de quem vê
predisponha-se a olhar
com os olhos da alma
cada nascer do sol
remete a uma cor
hoje foi cinza
sem melancolia


quarta-feira, 19 de agosto de 2015

tobogã areia movediça

Um derrama ira,
outra disfarça a mágoa 
por que o pudor se
É para isto fui forjada?
Escutar os filhos
amparar,
dar colo nas dores
partilhar alegrias
compreender a raiva.
Como se eu não fosse capaz,
pois ate com estranhos faço!
De quem escondes as dores
Não preciso ser poupada.
 sou  mãe
é pra isto que sirvo
nada mais faço melhor
Acho.
Tobogã,
areia movediça
a vida acaba
a gente se desgasta
sofrer faz parte
angústias passadas
passa
passou
por que foi mesmo?
ah lembrei!
que importância
agora tem?
Nenhuma
Tempo 
pra lembrar
tempo pra perdoar
tempo pra seguir 
nem olho pra traz
só pra fotos 
dos meu filhos bebes 
quando cabiam no meu colo
voaram
voo solo
voam bem.




terça-feira, 18 de agosto de 2015

contemplativo


Crônica visual do meu dia,
manhã luminosa,


Sentados frente ao mar
contemplam
o momento.


O nascer do dia
que escorreu
como areia fina escorre das mãos.

Eu que acordei cedo;
compensar a meia hora perdida,
no ninho de aconchego 
que é 
sempre foi
a cama dos meus pais.
Dormi 


Sonhei a noite toda que ainda dormia 
lá.


O sol nasceu 
e se foi
 dia passou
não percebi.


domingo, 16 de agosto de 2015

domingo sem sol

o banco branco


a turma do pedal


a turma do pedal
 passando pela turma da birita
o mar nem liga
seja a turma for 
todo o mundo faz parte daqui


até o Sr. Darcy
que acarinha o cão
que senta ao lado dele
que não briga
com os outros 
atraídos pelos bares 
sempre sobra
uma sobra
nada de chuva



a forma e o formato


É barro
molda fácil
 formato
esboço
o gato



Depois do almoço
depois que Henrique caiu
quem dorme?
Não foi nada;
mas, a preguiça se foi
cenho fechado
até que ficou bom
 é só o começo
final da primeira etapa.

sábado, 15 de agosto de 2015

sino de vento


Meio dia
brincadeira ligeira
pra relaxar 
pisar na areia
se benzer no mar


Hora do almoço
passarada
alvoroço
faltou um
banhista, cade você?

Sino de vento 
sem vento não soa
bambu sonoro
Curruíra foi embora
não vai mais voltar
vivia de néctar
vinha só se banhar.
Parece o Frajola
se foi
sem avisar
tenho certeza
não foi porque quis.
Foi arrebatado no ar. 


Nanã Buruquê

A volta ao barro
a origem
o exercício de paciência 
deixar ir o velho vir o novo
aceitar a morte dos apegos, pra renascer
tudo 
 criar as máscaras
começam do barro 
moldar a lama macia 
fazer delas uma face
pra depois recobrir 
cobrir e colorir
a demora 
 tempo de maturação
tudo cinzento
depois vem a 
cor.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Dia sim dia também


A névoa insiste
mas predomina a luz


Amanhece
a margarida trabalha
queria se afastar
mas faz parte da manhã
cuida, limpa 
varre
cor de laranja.



Laranja como a batera
barco de fundo chato,
assim eles chama aqui.
Os chinelos guardados no guidão
pescador
cuidadoso
aqui
ousado no mar


O cenário 
sempre pronto
eu aproveito



quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Sr. Darcy o cão e o passarinho

Caminha com o cãozinho
que o puxa
e comanda a caminhada

a ave aprende
 voa
 asas rápidas
linda
 ainda vai crescer
sorrio
vou
a vida segue

domingo, 9 de agosto de 2015

Melhor assim


Brotou em frente a tua janela
tu que plantastes
tua filha mais moça passou os dedos nela antes de viajar
dia de despedidas
avisei que ia levar pra ti
estávamos as duas ela e eu
o mar e a flor
pra ti.
Agora descansas?
Duvido ! 
Arranjastes alguma coisa pra fazer,
Não te imagino lendo na cama, 
Como fazias também
Te imagino em outro momento
vigoroso
trabalhador
homem de fazer 
organizar 



Teu caminho tão feliz 
aqui nesta vida 
tão amado e cuidado.
Deves estar 
Agora
Com tua mãe 
comendo docinhos 
Que as tuas tias fizeram pra ti


Felizes por te ter inteiro.
Aceitamos a tua partida
Melhor assim


terça-feira, 4 de agosto de 2015

como se fosse a primeira vez

Saímos as duas felizes
olhando tudo com outro olhar
contentes por estar juntas
 alegres
por estar ali.
A nossa volta 
tudo igual
tudo diferente,
cada poente
uma surpresa
que some 
simplesmente.