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sábado, 1 de outubro de 2016

não havia pré escolas

Havia Jardim de infância.
Toda de branco, tapa pó engomado.
Uma touca com uma trança enfeitando
branca.
A foto oficial antes de sair,
olhos fechados,
fotofobia.
Chorei ao me despedir mas Ma Soeur não me ouviu
ninguem viu, desisti.
Assim começou e por ai foi,
aos poucos as amigas
algumas conhecidas
outras foram de lá!
Cantina;
cahorrão, cake que se pedia quéque.
Banda, jogos,
óculos quebrados ,
brigas ;
com as mais íntimas.
Aquelas com quem cresci,
briguei e conversei e me irmanei;
E então as pequenas crueldades!
Logo das irmãs de caridade!!
Declamar o poema do dia das mães 
quando sua mãe acaba de morrer.
Mandar as internas no contra turno limpar
os banheiros que elas não punham papel
aonde não havia água nem sabão
 pra sequer lavar a mão,
De uniforme gasto
olhos baixos,
raiva ou humilhação?
Colégio pago.
Então a reforma
Dobraram o espaço
os banheiros em granito
Mas precisava jogar água
do vaso sanitário?
Na mocinha desmaiada,
se a distância da pia era a mesma?
Em casa mandavam queixas
Fui encontrada passeando.
Minha prima teve de sair,
sei la por que,
Eu sai logo depois,
Não passei no Normal!!
Não fui normalista,
não sou normal
sou artista.

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