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quinta-feira, 28 de abril de 2016

as voltinhas


Agora de vidro fechado
tocada de vento
parece Rio Grande
mas a luz 
ah que linda esta luz


E as cores do outono vieram 
De um dia para o outro
esquecemos os problemas
esquecemos das misérias 
das coisas que nos incomodam
de tudo 
sempre voltamos alegres
A noite cai
escurece.


Antes disto o garimpeiro
procura
e os troncos da ressaca
esperam pra serem retirados, 
tanta madeira.... 

terça-feira, 26 de abril de 2016

marinha da água


Noite de vento,
dia de velar colega
dia de asperezas 
fruto da energia baixa
pela notícia dramática
drama como os gregos 
Drama como novela,
inimaginável!
Fica uma escuridão 
um desespero 
não é meu
mas esta aqui ao lado
invisível.
mas quase palpável.
Noite de oração
de pedir compaixão
pedir luz
aliviar a dor
Dor que não é minha 
mas da humanidade
Nossa humanidade
frágil
desesperada
noite de ventos 
água salgada
lágrima
água marinha
sal
sentimento



domingo, 24 de abril de 2016

de ponta a ponta


Hoje já foi 
amanhã
o mistério
seja la o que vier
quatro dias de descanso
de sol 
de verão.
Gratidão pelos momentos bons
Feliz pelas pequenas alegrias,
 guardar 
para os dias ruins.
Sei de noticias por acaso
não ligo televisão
É o que me aflige
nada de bom vem de la
nunca.
Enquanto isto
muita gente 
aproveita a estação
alongada. 



terça-feira, 19 de abril de 2016

dia cheio de cor


Tudo me chama e convida
a cor a luz 
calor
e o mar.


Paciente me espera
eu chego ao poente
armo as cadeiras;,
um banho 
dois,
mais,
fragatas
gaivotas!!


A moça romântica 
assiste a tudo 
sentada 
vendo a lua subir


Atras das rochas,
mar adentro,
enluarada,
salgada,
feliz.


sábado, 16 de abril de 2016

acadêmico


Madrugo, parto,
 as imagens correm
eu sonoleta.
Então o campus, como esperado 
lindo e cheio.
 Juventude
A peça clara,
a moça sentada corretamente;
roupa discreta;
rosto impassível;
em volta amigos e amor.
 Professores convidados 
afinal é defesa de um mestrado.
A orientadora chega 45 minutos atrasada,
não se desculpa! 
Deve ser de praxe.
Eu não sou mestra em nada, nem assisti nada igual.


A moça de voz modulada 
transparece sua tensão
pelo tremor das mãos.
Poe um choro,
ouvimos.
Jacob do Bandolim toca lindamente
"Andre de sapato novo''
Então se mistura ludicamente
música poesia pintura e cor
a relação e o abraço entre todas as artes
que se completam 
e fala com encanto e paixão e lucides e eu que não sou do ramo
 amo a ideia!
Me sobressalto aos comentários dos professores
Tenho vontade de falar;
muda
 imóvel não tiro os olhos dela, 
que faz anotações.  
Eu ouço palavras 
desobediência 
novo
ousadia 
enfim
Tudo o que ela é afinal
Sacode a poeira das citações
É firme nas sua defesa
se recompoe
as mão firmes
fala bem e tudo fica lindo
escrevo este texto, crônica, poesia;
 enquanto ouço o choro
interpretado por muitos.
E me vem a cabeça 
o calor do momento,
leveza,
poesia, 
não só a concreta, meu amor,
Da vida ser um poema 
sem rima 
sem métrica 
embalada de músicas de todos os ritmos 
e pinceladas de todas as cores.
Não chorei, 
mas me deu uma vontade de bater palmas, 
pra esta mulher que se reinventa
a todo o momento
O mérito é todo dela 
mulher inteira.

   

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Vida de cachorro

São secretos os motivos que levam um cão de rua escolher uma casa à outra.
Temos eu e minha mãe cuidado de 3 nos últimos tempos.
Um deles do nada escolheu ficar la em casa a noite depois de 
harmoniosa convivência na casa de minha mãe.
Isto acarretou em carona involuntária; 
todo o santo dia ao ir ao trabalho
o tal cão entra no carro e não sai de jeito nenhum,
ate eu levar ao destino final que é 
encontrar os 2 amigos na casa da minha mãe.
É sempre uma festa que fazem entre si
 como se não se vissem ha muito tempo.
O que leva ao assunto.
Ontem pela manhã chovia muito
O cão como todo o dia entrou no carro antes de mim
sentou atras e la fomos nós,
Chegando à casa de minha mãe 
abri a porta como todo o dia,
O cão não sai,
chove forte! 
Os dois cães esperam.
Eu mando sair, 
nada!
Do nada os dois entram no carro
Agora somos 4
Eu brigo ameaço
e nada nenhum dos 3 se dispõe a descer.
Impassíveis, 
Volto à minha casa,
paro em frente, 
Quem sabe ali eles resolve sair. 
Nada
chove mais forte
Entro na varanda que serve de garagem
la não chove
Descem os 3 alegremente
me sinto ridícula 
Na volta cade os 3 ?
Seguem educadamente sentados
na minha varanda 
buzino
saem todos correndo
a chuva tinha parado 
o sol brilhava...
correm felizes
nem ligam pra mim.


segunda-feira, 11 de abril de 2016

o encontro


Encontro o amigo lá
veio do nada,
estava eu e os pescadores.
O banco neste domingo
da restinga foi
a praia. 
Maré alta
e a noite cada dia antes.


Qualquer dia não desço mais
não vai ter mais luz
enquanto isto 
a água segue morna 
o verão ainda esta aqui
Vontade de ficar mais um pouco.
a maré sobe mais.

domingo, 10 de abril de 2016

Surf


Dia pra surf
desciam pelo costão 
Tal a força da correnteza
um a  um se jogam dali


o mar vazio 
mas morno convidativo


Respeito e temo a força do mar
e hoje tal calor
entrei duas vezes
da primeira vez e a onda me devolveu, 
a segunda foi com humilhação


Deixei a dignidade la!
Fui pra casa .
Fui embora.
Parecia uma turista, 
que via o mar pela primeira vez
Voltei inteira 
salvei o biquini e os óculos
que banho!!


sexta-feira, 8 de abril de 2016

do dia quente e ensolarado


Pra tarde sombria
mar morno
piscina de água salgada


aonde eu medrosa nunca vou
me espera de maré cheia
de pedra coberta
pra eu me sentar
e ver as nuvens ao longe
e vento


água enche
esvazia
eu la me sentindo culpada
de tão bom

quinta-feira, 7 de abril de 2016

arca a deriva sem Noé


A ilha como se fosse
a arca sem Noé
arca desgovernada
animais soltos por todo o lado


Cavalos são plurais
este foi só uma amostra
dos tantos que pastam
soltos 
soltinhos
prontos pra cruzar inclusive
um branco com ereção
aonde já se viu? 
pastar assim deste jeito?
Solito sem companhia
nem uma égua por lá!



E o gato nem pense você 
que é um solitário
outro vive a comer
sua ração
dentro de casa!!
Então; 
tem galinha, 
tem pintinhos, 
tem pintão (o do cavalo)
cachorro então
é o que mais tem
todos castradinhos
que a prefeitura deu um jeitinho
de ir castrando devagarinho
assim tem certo controle. 
De resto?
Olha, tem de tudo, 
graúdo e filhote
fora os meus
leão
coruja e pato
estes não contam são só enfeite.

sábado, 2 de abril de 2016

até o pescoço


Brincam
mergulham em apneia
aguardo aflita
demoram a emergir
será própria
a água dali?
Não ligam
seguem brincando,
o sol se pondo
tenho um compromisso
descer até a praia Grande
e por os pés no mar.
Anna e eu
ela sem vontade 
ate sentir 
a temperatura.

sexta-feira, 1 de abril de 2016

lavada


A alma 
bem lavada
o corpo salgado
qualquer pata vira lata
me faz companhia
sem se convidar
se sentem donas
da praia
da casa da rua
da família


cuidam
amam
zelam
nos também.