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quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Formando novos praieiros


O pai desceu da bicicleta 
retirou o pequenino
da cadeirinha
vestia
short, camiseta
caminhar inseguro,
mas foi direto pra a beira da praia,
o pai então tirou a camiseta
o pequeno seguia tropeçando em direção água,
despiu então a bermudinha, 
só de fraldas la foi ele,
se hesitar,
para o mar
e da la não saiu;
caiu, 
bebeu água,
rolou,
o pai no controle.
Nasceu ali mais um apaixonado 
pela nossa praia.
Em volta 
corriam outras crianças pequenas
pá, balde, regador,
fazendo amizade;
brincando sem parar.
adolescentes batendo uma bola
e o surf sempre pra todas as idades.
Senhores chegando
alongando os cinquentões
já entram pra água;
pelo menos umas cinco gerações.
Em completa sintonia
perfeita harmonia,
com a nossa esquina
tanta gente pequena 
e as veteranas de tantos verões
Anna e eu 
encantadas felizes contentes
e lá se foi o dia .....



Neusa


Longe que que gostaria que ficasse
Longe também dos arremates que a aniversariante merece!
Mas com dedicatória sincera
Neusa
alegria que contagia
a facilidade de transformar
o complicado em simples
O poder de agregar, unir com seus quitutes e bom humor.
Desejo que suas inúmeras qualidades a impulsionem
e que alcance todos os seus objetivos de vida
saúde Neusinha
parabéns.
beijos 
Fernanda
( técnica mista intervenção em uma foto impressa por Jeanine
em impressora a laser gentilmente emprestada
pela Janice grata pela ajuda, foto tirada quase a força por mim)

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Na boca do rio


Dois lances 
o mesmo pescador
eu esperando 
caminhando a Enseada
até a foz do rio
a água tão limpa 
temperatura perfeita
mas eu nunca me banho ali
as crianças brincando
passavam quase dançando
felizes
clima perfeito
dizem que vai mudar
o mar perfeito
as redes diáfanas
difícil de captar;
caminho cantarolando.
Menos de uma hora
acabou.


quarta-feira, 9 de novembro de 2016

ele tava ali


Tava me esperando 
olha que pretensão
corri pra chegar ao mar
Pois sei do efêmero
num piscar de olhos some
com sumiu mesmo
enquanto eu tentava ajustar a 
câmera
Lente suja
foi assim
peguei do jeito que deu
apressada como sempre
feliz pelo presente
agradecida
segui a vida


segunda-feira, 7 de novembro de 2016

maré baixa


Chego atrasada
o sol já baixo
a maré também;
e a pedra?
Ficou pequena depois dos temporais,
quem ousaria pular dali?


Caminho ate ela
entro no vão 
corredor de surfista entrar no mar


Água nem fria está
bate no meus pés
nem arrepio,


A rocha nua
paredão de pedra
ao alcançar das mãos


E tudo reflete
tudo espelho
puro encanto


Afinal o mar
sempre o mar
pra curar o cansaço
pra abrir o apetite
pra dar ânimo
Pra sonhar acordada!

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Muito o que fazer



A areia revolvida
fofa
difícil pra caminhar
e muito a recolher.
O pior os tratores fizeram
agora é o detalhe
ate barragem de 
sacos plásticos cheios de areia tem!
Pra conter o mar....
tudo foi arrastado
misturado
e devolvido 
em mau estado !!
Ainda assim fomos,
conversamos; 
e quando o ventinho chegou
batemos em retirada.
Tava bom!!



terça-feira, 1 de novembro de 2016

dia dos mortos


Não se podia cantar,
gritar, nem correrias.
Não se ouvia rádio
As noticias vinham todas de lá
Como estava  vovó?
Quebraram a pedra dizia meu avô!
Arrancaram a assinatura,
E por ai ia discorrendo as novidades.
Descalço, pois os sapatos eram postos
cuidadosamente solado pra cima
ao sol,
a roupa ia pra lavanderia,
as mulheres da minha casa
quando iam;


voltavam direto pra cama. 
Entristecidas, exaustas,
caminhavam
Corredores sem fim;
flores pra todos os parentes.


Aqui não temos ninguém
O cemitério estará cheio.
Fica bem ali
de fundos pro mar
uma vista maravilhosa
os que estão lá se pudessem ver...
 Estaremos em casa
pensaremos nos que se foram,
 a lista é enorme.
Anna talvez se esqueça!
Eu é que não vou lembrar,
será um dia de descanso
sem grandes caminhadas,
uma prece
do fundo do coração
sentimos tua falta!