Arquivo do blog

domingo, 31 de maio de 2015

caminhada na relva úmida ao por do sol.

 
Amoreira sombreia
cadeira de corda,
tereré.
Yo-Yo Ma,
sol de inverno
Dona Cícera,
Araras,
Lar,
noite clara,
Luar!

sábado, 30 de maio de 2015

lagoa Itatiaia

Pescaria,
quietude,
movimento.
Tudo isto
ao mesmo tempo
nesta lagoa encantada,
no meio da cidade
do bairro
pertinho da casa!
Árvores,
gramado
frescor
 
 
E no céu
araras tucanos
papagaios
pássaros que  gente do litoral
Não vê,
cortam o ar.
Lindo aqui
diferente,
Itatiaia colorida
a qualquer hora do dia
e um por do sol
lindo
como os meus
água, espelho, reflexo;
esta daqui sem ondas
mas pulam peixinhos
parece um conto de fadas.
 

sexta-feira, 29 de maio de 2015

o guardião

Filho adotivo
Pego adulto
Amor a primeira vista.
Doce
Obediente
Tranquilo animal de estimação.
Estimado,
amado
Gosta tanto de carinho,
tem bastante,
as vezes abatidinho
que a doença lhe abate.
Toma remédio feito gente,
friorento como eu,
 anjo.
Deus guarde
e proteja o protetor. 

quarta-feira, 27 de maio de 2015

O interior

 
Vivo de costas para o Brasil
e quando venho
me encanto
o capricho da casa simples
a fartura da horta
a salada colhida na hora
bem o lado de casa
a vastidão de terra
no bairro tranquilo 
a lagoa perto daqui é linda
fui a noite.
a terra é vermelha
fina.
a tudo envolve. 
 




segunda-feira, 25 de maio de 2015

samambaia

 
Transferi a roseira
e agora ela tem companhia
uma samambaia,
muito em moda quando casei
tinha até de metro.
Esta é delicada
tive pena de arrancar
estão juntas
convivendo no mesmo vaso
atrás a pimenta
sozinha.

 Ontem meio dia e meio
depois que todos se foram
desci só pra ver
agora tem degrau
não sei se o mar
repõe ou retira
algo a observar.
A festa da Santa
ouvi o bingo todo
muitos prêmios,
antes churrasco
mas preferi vir pra casa
tudo a fazer. 
Os cães se revezam,
entre  tapete, a cadeira e a Casinha
são grandes
na casinha ficam apertados
mas não se importam.
A chuva não da trégua,
Venta como se fosse inverno.

terça-feira, 19 de maio de 2015

outono em branco e preto

 
As cores são variações
do branco e  preto
a foto do banco vazio
me lembra a canção
solidão é água
que cobre tudo
um banco vazio
a falta de alguém



O mesmo banco ocupado
pela moça pensativa
solitária também,
imersa em seus pensamentos
nem vê que
alguém segue o caminho
olhando pra ela.
cega de tanto ver
tanta beleza
bela ela mesma
ele a olha
só a ela vê.


O esporte
se faz a noitinha
antes de escurecer
na praia vazia,
na ilha vazia,
na chuva torrencial
que cai sem aviso,
 horizonte escuro
 chumbo.
 


domingo, 17 de maio de 2015

domingo de videos

 
Sucessivas marés revolveram a areia
trouxeram pedras que
ou não estavam aqui
ou há muito não se via.
 
 
O barco ancorado seguro
os filhos solaram as amarras
ou nunca as tiveram
zarparam há muito.
Cada um para um canto ;
desta terra redonda
vou em busca dos dois
tempos em tempos
 
 
Podia ser um casal,
mas pensativos não se viam,
olhavam-na mesma direção
a poucas rochas de distância.

 
Os vídeos?
 Foram pra aniversariante,
que bem longe completa mais um ano
lutadora esta menina,
forte como rocha!!



sábado, 16 de maio de 2015

e logo choveu


a foto sem retoque 
a última antes da bateria descarregar
a água ainda possível de molhar
os pés
areia fria 
 outono
a manga curta foi pouco
o ar esfriou

quinta-feira, 14 de maio de 2015

ontem não foi um dia bom para voar

 
 
Ignoram o horizonte
se alçam ao céu escuro
venta
eu fotografo
vou embora
temerários penso eu
logo recolhem tudo e se vão
chove


pedacinho

Chove a toda a hora,
a toda a hora faz sol
ando feito boba
olhando as nuvens
pra achar
o que esta aí
pequeninho colorido
enfeitando a minha praia 

terça-feira, 12 de maio de 2015

crônicas sobre uma vida pacata

O amanhecer sempre diferente
 o caminho igual
a rocha aonde esta o sambaqui
é lavada pelas águas
   chuva doce
    mar salgado.
O telhado do chalé vira moradia
das bromélias
As linhas retas
 a árvore
se equilibra.
Espero minha Anna.
 Entardecer
o banco vazio
sempre o que fazer.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

a nuvem rosa



Primeiro estava a minha esquerda,
fui contornando as praias
e lá estava ela
atrás do Sambaqui.
Segui.
 Agora no horizonte
enquanto o pescador solitário,
 cauteloso,
jogou a tarrafa,
muito longe
a foto não valeu.

Pela manhã
um morador de rua
que acampa agora na praia
usa penas ornando a cabeça
ou turbantes
fala sozinho como os 
loucos ou solitário. 
Olhávamos os dois para os pássaros.
Almas de gato chamaria meu avô
se estivesse comigo.
Os conheço pelo canto,
não os via naquela época
cega que fui de passarinho
durante muito tempo.
Aqui tem outro nome
e no topo 
um urubu.
Maresia,
assim começa meu dia,
acaba nas fotos de cima!
 

domingo, 10 de maio de 2015

a musiquinha

Cantávamos com gestos largos
Ela é a dona de tudo
ela é a rainha do lar
ela vale mais para mim
que o céu que a terra que o mar...
A minha nunca se pareceu com a da música
mas cantava mesmo assim pra ela.
Feliz dia
Pra quem é
Pra quem teve.
Pra quem ainda tem,
saúde minha gente.
Harmonia e paz.
 


sábado, 9 de maio de 2015

pra quem não pode vir

A nobreza do vira lata,
o sul da ilha
mais pra lá o Ervino.
O tamanho do barranco em frente a casa
de telhas de ardósia
alto né?
O sambaqui
logo ali,
nem fui, fiquei molhando os pés
por aqui mesmo!

sexta-feira, 8 de maio de 2015

imagens que me escapam

A esquerda tinha um arco íris
eu perdi
não pude parar
estrada sem acostamento
bicicleta
cães
pessoas
todos indo pra algum lugar
eu também ia
mas ele estava lá
eu sem poder olhar muito.
Era uma nesga
mas nem choveu?
Ligava duas nuvens
largo, como um recorte colado
à minha esquerda,
 relaxei.
perdi, paciência.
Uma imagem é uma coisa fulgaz
ou você capta ou perde e nunca mais!
Ao dono da bike pedi um segundo,
Pra Anna pedi pra abrir a janela
fotos tremidas
perdi na pressa.
Do por do sol o que sobrou...
decerto alguém captou.

quinta-feira, 7 de maio de 2015

imagens matinais

que me obrigam parar
olhar
captar
e depois em casa procurar a cor
que estava lá e que a máquina não captou
a poesia que a máquina não percebeu
o ânimo de começar um dia assim
mesmo sabendo que será difícil
mas será pior se eu não estiver alegre
de dar ânimo a quem precisa
de voltar e ver que tudo mudou
a maré subiu.
Mas Anna esta a minha espera,
e vamos pra rua,
e a conversa flui,
e o dia termina bem
a noite também.
Bendita ilha que me conforta
assiste e me sustenta.
 


terça-feira, 5 de maio de 2015

em paz

Manhã, o barco zarpou
não vi
só não esta mais lá
a paz esteve presente
 dia incerto
chove leve, sol tímido.

Alguém pensa, medita; enquanto a noite
vem, cai, desaba,
entre nuvens cinzentas
nesgas pequenas de luz
não duram muito
predomina a escuridão
noites longas
silencio.
o mar bate ao longe
um grilo
vizinhos conversam
baixinho.
 

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Ora vejam só

Um barco veio aportar
no meu quintal,
minha praia quase deserta,
meu mar aberto
meu ponto de fuga.
Ventania.
O barco de motor potente,
 marujo com perícia,
aportou na minha frente,
devem estar aliviados.
por um triz 
se livraram das pedras traiçoeiras
que dividem as duas praias
cheias de correnteza
a minha, da outra famosa
Prainha.


sábado, 2 de maio de 2015

pueril

Passada que não deixa rastro,
passado que não volta mais.
A água lava tudo
até saudade ameniza.
A sorte é que ainda temos
a água morna do mar,
o tempo mal esfriou
mas eu finjo que não percebo.
só quando a espuma voa a minha frente
e se dissolve
 parecem
com nossas vidas
que passam tão rapidamente .
Já se passaram 15 anos do ano dois mil
e eu lembro das conversas de como seria.
Nada foi como imaginei,
nunca é,
Não é pior nem melhor
foi sendo à deriva
 diferente
do que planejei.


o menino gigante

Quem nasceu ou se criou aqui nesta ilha
conhece o menino gigante
seu corpo imenso
cabe um bom coração
uma  cabeça de criança
mesmo depois dos trinta.
Sempre despertou medo.
Os de sua idade o temiam,
mas nunca fez mal a ninguém.
Criado longe da mãe,
chama a nossa Maria
de mãe.
Porque o trata com carinho
e o chama de filhinho.
A mesma Maria de riso frouxo
que chora também facilmente,
a que ganhou placa dos vereadores
A homenagem não lhe subiu a cabeça,
segue igual
rindo chorando,
na sua labuta difícil
tão pouco reconhecida.
O menino reconhece
é pura gratidão a ela
Maria merece mais
o menino também
que seus anjos
 o guardem direitinho
Já que este mundo é mau.
Nunca o deixe em desamparo.