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domingo, 30 de novembro de 2014

As imagens

pelo canto do olho
o museu inteiro
o vão e o reflexo de vidro
espelho sem água
Ainda há esperança
ainda da tempo
temos chance de mudar
virar este jogo
a humanidade se humaniza
e planta
mais do que corta
quem sabe já esta acontecendo
só alguns cegos que não perceberam ainda
é  única saída
verde das matas
passarinho cantando
solto fazendo ninho
 

café macchiato
muffin
refrigerante
obras de arte
ambiente impecável
e a caminhada pra casa
a pichação
minhas queridas
pararam pra olhar

sábado, 29 de novembro de 2014

a ida

esperando...
a telha vista do alto
os nordestinos chegando com suas redes coloridas

 
 

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

saidinha

No primeiro plano tão pequeno e delicado 
quase nem se vê, leve, não inclina a flor
la na ponta,
a esquerda...
a direita....
passou um jato ha pouco...
pessoas passeiam indiferentes 
nem ruido se ouviu,
a esquina bem perto
em casa....
antes do sol se por.

domingo, 23 de novembro de 2014

primavera , o amor esta no ar

Lidar com a tristeza dos casais que se separam pela morte, 
dos casais que se separam pela distancia,
dos que se separam por falta do amor, 
aquele da carne! 
Que só o outro amor o do companheirismo,
 precisa de uma vida de cumplicidade,
trama tecido intimidade,
de uma certa idade
 e sabedoria pra seguir junto
ficam as lágrimas do desapontamento
do fracasso como parceira
não sou par sou 
ímpar.

sábado, 22 de novembro de 2014

como todo o ano

Com uma certa regularidade
apesar as folhas machucadas
floresceu a bromélia
saem as flores com força
do casulo de teias e poeira
ignoram e explodem.
Todo ano me surpreendo,
todo ano sorrio
 A roseira da Marina,
protegida e tímida,
segue me presenteando
antes era uma de cada vez
agora são duas e um botão


terça-feira, 18 de novembro de 2014

alma penada

Com esta foto encerrei a brincadeira com as amigas das fotos em preto e branco
O que me remeteu à Mariana, cidade lindam histórica que na noite de finados 
Precisamente à meia noite faz a procissão das almas penadas
 percorre as ruas escuras da cidade.
Consiste em um homem muito alto de túnica preta com capuz
 portando uma foice e seguido por uma legião de "almas'' todas com uma vela acesa
Do nada ao som de um bumbo seco, um só, seguido de um coro de gemidos 
e muitas peninhas brancas atiradas ao vento pelas "almas''
imagino que nesta época do ano não haja travesseiros de penas intactos por la
a ideia foi de alguém influente como piada e virou tradição
Pra quem ja viu mesmo sabendo do som do bumbo e dos gemidos 
da um arrepio
para os turistas é bom ir de fraldas!! 
Juju que me levou
inesquecível !!

Anna e eu

Quando entristecemos 
ficamos cheias de silêncios
caminhamos as duas pela casa
mudas
bem poucas palavras
vai passar.

domingo, 16 de novembro de 2014

final de domingo

O passeio devagar
os compadres aproveitando
o resto de sol
a Enseada lotada e todos
se preparando pra ir embora
voltamos pra nossa praia
aqui sempre é mais calmo.


sexta-feira, 14 de novembro de 2014

por tras da porta envidraçada

Anna silenciosa procura palavras
o gato passa sobre ela
acomoda-se ao seu lado
um amor se inicia
ela tem tudo o que ele aprecia
silencio e afeto

tudo pronto

boias coloridas infladas
esperando as crianças
o tempo hoje não ajudou
mas quem sabe amanhã melhore
aos poucos tudo se ajeita
e o verão vai chegar
com a música, barulho e movimento
espantando a tristeza
tenho fé.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

o lugar

Como tantos outros que eu não sentei
da cerveja que eu não bebi
dos defeitos que herdei
e passei aos meus descendentes
da vida que vivi,
a outra não vivida
por rigidez
por medo
por estar acomodada
Escolho assistir
não gosto de vertigens 
uma boa caminhada 
estar só 
já me basta 
família
um gato
cães de todos os tamanhos
uma fé desconfiada
e vou tateando
meia cega
 tropeço
e sigo

sábado, 8 de novembro de 2014

volta

as nuvens se foram
devagar deram lugar ao dia brilhante
e a casa se encheu de vozes
risos contidos
e luz
janelas e portas abertas
varrido o chão
as folhas secas
a rede pendurada
cadeiras na rua ao sol
e a conversa frouxa
felizes por estarmos juntos

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

a espera

Tempo de cortar a grama
abastecer a casa;
pois depois de um tempo

estão voltando
agora pra valer
e a chuva ajudou
 a lavar a alma,
a regar as flores
fazer a grama verde outra vez
vai e volta, mansa
e persistente
 


terça-feira, 4 de novembro de 2014

o meu luto

Reformaram o supermercado,
meu pai não viu.
 Secam as plantas de sua casa,
ele não esta lá pra regar;
a casa tem manual de instruções
alguns eu desisti de entender!
Ando feito boba com uma jarra molhando as mais sentidas.
Cada vez que chegava em casa comentava
sorrindo
de quem é esta casa tão bonita cheia de árvores e flores?
Orgulhoso do resultado de 30 nos de jardinagem às cegas.
Nunca me abraçou e disse que ia ficar tudo bem,
mas foi o único homem que agiu pra minha vida ficar tudo bem;
quando casei ouvi a frase:
Se não der certo volta,
aqui em casa vai ter sempre o teu quarto.
Separei e não voltei pra lá.
Me alertou do concurso da prefeitura
que me da uma vida digna
sem nenhum luxo, mas digna;
pôs minha casa no seguro quando uma louca
 começou a invadir a minha casa
e arrancar árvores....
Isto pra mim é mais do que me abraçar.
assim me tratou, seco em palavras
e uma doçura em atos
a cada momento falo nele no presente
e tenho de mostrar os pneus do carro....
então o vazio
luto é isto
dizem amigas próximas,
que tiveram perdas maiores.
Este é o meu luto,
não pensei ser tão difícil.  


sábado, 1 de novembro de 2014

a parceira do passeio

Aqui o bom senso dos donos da casa.
Nem a árvore nem o muro são derrubados,
reforçou o muro e a árvore segue 
dando sombra e refrescando quem passa
A parceira segue no meu passo
feliz pela companhia
a areia fofa dificulta o passeio
ela brinca e obedece, ignorando
aos chamados de outros.
O premio é o banho na parte vazia
eu e ela brincando
voltamos renovadas.