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terça-feira, 29 de setembro de 2015

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

domingo, 27 de setembro de 2015

na chuva

 
passear

 
ir pescar

 
ficar debaixo das árvores
pra se proteger
 

 
areia virgem sem pegadas

sábado, 26 de setembro de 2015

o quarto de dormir

Na madrugada acordei no meu velho quarto
aonde dormi dos 11 anos até casar
cama da minha bisavó,
criado mudo de tampo de mármore rosa,
 relógio que me despertou pra estudar toda manhã do Chichino
meu tio avô solteirão.
Baú vermelho
 guardou por um tempo meu enxoval
cavalete, gaveteiro;
tantas gavetas todas lotadas;
e o armário,
Que nos dias ruins
 era esvaziado para eu arrumar. 
Era la que eu estava 
na minha mente sonolenta 
voltei ao tempo, 
se levantasse aquela hora, 
iria abrir a porta do quarto ver a escada. 
Caminhar naquela casa
que meu pai mandava pintar 
quando estávamos veraneando.
Descobri assim, o efeito das cores!
Rosa choque nas paredes do quarto,
 pra mim não deu muito certo.
Aos 13 a porta trancou por dentro,
fiquei presa pelo lado de fora 
tinha posto um trico plástico.
pra minha privacidade.
´pé na porta!
Reclamei que pai tinha de entrar!
-Esta vazio.
 respondeu.
Entrei.
Nuca arrepiada,
descobri a zombaria.
 Com medo,
tomei posse do meu quarto,
dormi toda a noite
e voltei a dormir 
acordei aqui.



quarta-feira, 23 de setembro de 2015

lusco fusco

escurinho
bicicletas
tarrafas
depois de um dia 
brilhante
um começo de noite 
que convida a 
meditar
caminhar 
fazer parte
viver

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

a contragosto


Mas foi,
só não viu o sabiá 
cantando na placa da coruja.


Ficou sentada, não desceu
a companhia foram os cães


se dividiam entre ela e eu


Percorremos
 parte da rocha
o casal pescava


e a areia cobre devagar
as pedras
canto meu.

domingo, 20 de setembro de 2015

o caminho do domingo


sol indo embora


não teve quem não olhasse


pipa no céu


pessoas na água


conversa fiada


aproveitando até o final


e o mar dando um show


de luz e cor

face em branco

mais lixa
mais tinta
mais branco 
alisar
finalizar
ainda falta
mas se fosse real seria masculino
e belo

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

chumbo


fechando 
chovendo


empoçando
encharcando
entupindo


escurecendo
nem o morro do forte
se via.
só o barulho da chuva 
se ouve
nem vento 
trovões
 bem longe
prometeu
e veio.
voltou a chover
forte


quarta-feira, 16 de setembro de 2015

junto e misturado


nascente


poente 


rochas antes escondidas 
a areia cobre devagar



a raiz mais parecendo 
um arrecife
de coral

sol e chuva


E nuvem e chuva e sol 
outra vez
indefinido
como o futuro


não sei nada 
nem de mim nem de ninguém
palpites 
são arriscados


Nem Sempre a vida avisa
outras vezes 
somos surdas
cegas
Olha quem diria 
funcionária pública,
arte só nas horas vagas
e quando não ta calor nem ta sol.
a máscara precisa de 
polimento
polir é preciso
alisar
arredondar
o mundo é curvo
e la vai mais uma volta
das voltas que o mundo dá
encontros felizes.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

um ano amanhã


A luz do poente reflete nos poucos prédios
a enseada
segue bonita


os namorados namoram
e as gaivotas estão no céu


A serra do mar esconde o sol 
e a vida seguiu
 falamos pouco
e quando falamos é só eu e a negra 
mas ele esta em tudo o que faço
no nosso pensamento
 ta tudo certo
mas não.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

aqui


Aqui se abandonam cães
mas tem sempre alguém pra acolher
aqui tem gente que morre por nada 
mas tem gente que vive pra ajudar
aqui tem roubo e má educação
mas tem amigos e solidariedade
esta esquina pra dobrar
tem esquina mais linda ?


Já andei por tanto canto
mas aqui quero ficar
o mar que banha aqui
se recolhe no verão 
eu ponho meu guarda sol
A areia morna daqui
limpa minha alma 
Mesmo nos dias sombrios 
na chuva no frio
que frio?
Nem faz frio!
Venta um pouco
mas nem sempre
agora sim.
Ouço os sinos 
tocarem
entre o farfalhar das folhas
acho que chove um pouco 
mas nada de alarmar.
Ta bom assim
Assim quero estar.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

domingo, 6 de setembro de 2015

o caminho, a caminhada, o não fazer


foi de longe que vi
a casa branca
o movimento da praia
tinha gente
eu vi daqui
as casas ocupadas
feriadão
até quarta feira
se tiver bom tempo amanhã
como diz o poeta
 eu vou



mas de la não passo
fico na areia
caminhada curta
isto tudo amanhã
só se não chover
tanta gente
desacostumei