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sexta-feira, 28 de abril de 2017

O mar no meu portão


A ressaca ruidosa
parecia estar aqui
bem na porta da minha casa.


Galhos ao mar;
 corriqueiro pra força da natureza!
A noite
batia só o som
aqui na minha porteira,
com desenho de porteira gaucha,
assim como os eucaliptos foram
pra sentir um pouco de la.


Eu aqui caminhando ao poente
escolho muitos ângulos
pra eternizar o galho
meio apodrecido,
tão lindo
nesta luz de outono.


;Meu coração agradece
por estar la naquela hora 
com aquela cor de céu
de mar
maré subindo
quase seis horas 
volto pra cá
e vejo meu novo muro,
fortaleza, paliteiro
sobras dos troncos
pra lembrar e homenagear
a madeira 
sempre nobre 
que nos refresca 
sombreia perfuma 
morta virou cerca
que me cerca e eu não me canso de olhar 
os veios correndo nela
partitura do acaso
música silenciosa
 amor natureza.


sábado, 22 de abril de 2017

forças contrárias



O mastro instalado
no meio da secura da aroeira
natureza morta em dois atos


Olhos de elfos e silfos
cor e olhares


coordenação fina
quase pronta 
a nova instalação


maré alta
transformação
forçada
me ajusto me adapto
de terra bombardeada em arte

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Desdobramentos do crime

          As árvores morreram o troncos que restaram se transformaram em xaxins
          Este como muitos serão natureza morta exposta aos amigos.
          Lá agora nasce erva de passarinho uma planta que mata sua hospedeira , a ironia que a hospedeira já morreu. A Inveja não se da por satisfeita dissemina frases que eu nunca falei joga pessoas contra mim.
          Os troncos demoram a secar tanta chuva que caiu, mesmo assim na minha caatinga particular quase nada brotou tanto veneno na terra e nas plantas, o que brota nasce aleijado retorcido....
          Mas  inveja teme porque julgamos os outros por nós; eu em casa vira ameaça, desaforo, eu no jardim destruído então; afronta pessoal, ao ponto de duas mulheres que só ouvi as vozes pararam aqui em frente falando desta pessoa que tecla, mas esta pessoa não se interessa muito pela opinião alheia e seguiu seus afazeres que requeriam um pouco de ruido,O escárnio e o despeito fizeram comentários debochados a respeito da devastação e se foram. Como não me dei por achada ficou por isto mesmo.
          Nunca tinha ouvido falar em bullyng de vizinhos, pois não é que tem? Um estudo sociológico caia bem por aqui, aonde as pessoas acreditam em qualquer mentira e são coniventes com crimes. Se acobertam e odeiam sem motivo, reflexos dos tempos, enquanto eles se ocupam de mim faço o mesmo, me ocupo de mim. Devagar reorganizo a bagunça conserto os estragos que não foram poucos e faço o que gosto, Em tempos bicudos esconda sua sua alegria você pode se machucar!
          No atelier tudo em andamento muito o que fazer! E segue a vida, cada um com suas lutas pessoais as piores são contra sua natureza que lateja nas suas veias, nestas horas lembro do meu pai, dizia:
          -Ah meus vinte anos!!
          Me deixou outros exemplos todos de muita sabedoria, é a estes que eu escuto !!
          Sabe aquela frase a culpada é a vítima? ta funcionando por aqui!!
         

domingo, 9 de abril de 2017

amor amor não chora


A vida é assim mesmo
como música
com brevidade,
te olho e digo em meio ao teu sofrimento,
de como ficas linda em lágrimas
que os teus olhos marejados ficam mais negros,
que crueldade pra quem esta sofrendo
mas a tua beleza sempre me espanta
desde criança



Então culpada te ligo,
e  tua voz esta leve
em plena viagem
viagem, que de impulso fostes,
como é bom viajar!


Volto então meu coração e mente 
aos projetos que 
ainda estão dentro de mim
nas horas do ócio criativo brotam
e eu guardo inquieta 
aguardo virarem realidade.


A ilha segue linda, 
voltamos Anna e eu pra cá;
que hoje preciso de ajuda
tanta chuva que cai
que acumulei a obrigação.

sexta-feira, 7 de abril de 2017

a lição da transitoriedade

daquilo que todo o mundo sabe
transformações
e a gente nem se toca 
precisa de um choque de uma violência
Eu tive!
 e a casa virou uma transformação
por força maior, muito maior,
por morte súbita se transfigurou
a secura da caatinga 
invadiu o meu quintal
e agora minha gente 
corta poda e enfeita a morte 
enche de cor os galhos secos 
a resposta frágil
assim como a vida e a beleza 
frágil
la esta debaixo de chuva 
protegida por camadas de tinta 
e os troncos nus 
eretos como mastros de um navio
que nunca vai zarpar
brotam ervas daninhas.
erva de passarinho
que mata o que já morreu
ironia.