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sábado, 31 de dezembro de 2016

arroz

Arroz com lentilha
arroz a Grega
arroz branco.
De nacionalidades diferentes 
e eu cozinhando 
atrevida
gregos não tenho nenhum convidado
tenho um de descendência Síra
espero que goste
espero que coma
espero 
espero 
a frigideira chia 
la vou de volta
puchadinho no alho
cebola caramelizada fritinha na manteiga
e lenço pra prender o cabelo
samba no ar
e alegria pra cozinhar pra o amigos
pra família
tudo que é sofisticado
não é feito aqui
fica por conta de quem sabe
que eu conheço o meu lugar
aqui arroz!! 

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Eucalipto

Deixa o ar impregnado, o eucalipto!
Os vizinhos desistem de olhar e comentar
O processo é sempre demorado
Cuidadoso
Cansados cada um volta a seus afazeres
Desistem de comentar
A época não é propícia
Houve demora no prazo,
Mas devagar como deve ser um galho
Imponente vem aos poucos
Ao chão
Apenas um e suas ramas
E suas folhas seu perfume
O Eucalipto segue
Firme.
Todos tomam fôlego
e volta a platéia
cada um, uma opinião.
Quantas vezes ja vi acontecer...
Vizinhas tantas
e suas vassouras
e as opiniões
Houve o tempo que eram amistosas
Passou.
Em outros lugares
em outra época.
Deixei amigas por onde passei
tantos cafés
tantos bolinhos 
tantas delicadezas.
Agora outro momento.
momento eucalipto
descendo devagar 
a prestação!!



terça-feira, 27 de dezembro de 2016

O dia pra ficar



O sabiá vem beber água
E cantar ao amanhecer.
Apraia enche esvazia,
eu expectadora 
hoje fiquei,
preguiçosa 
a água convida, fria





A maré vem até nós
quase molha nossos pés
recua, eu reostada
na cadeira 
na sombra
não me movo
hoje é dia de ficar
fazer nada
nada pensar
damascos
água
e o mar!



quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

A Preta e as incertezas dos finais de ciclos


Todo fim de ano é igual.
Não é
 a única semelhança é a incerteza
fecha-se o ciclo
e o futuro 
incerto
por certo não me fará bem 
preocupar.


O tempo eu conto nos ossos
dor
que eu fingi ignorar
A Preta emagrecida
ignora, ela sim
que sangra;
conto as costelas 
a coluna
ela segue a vida 
vai pra praia 
me segue quando vou 
ou vai com quem for.


 Arte aflora
inesperada escultura
forjada a maresia
e correnteza
raiz transformada
Krajcberg distraído
nem sabe o que é
Não é 
vira carvão 
vira lenha
que aqui não tem disto,
O espaço da exposição
é temporário
quem gostou 
fotografou
amanhã 
pode nem estar mais la!


terça-feira, 20 de dezembro de 2016

As impaciências e o exercício de amor

Das impaciências
E do que vem depois;
o cair em si, 
e ver que destas impaciências 
que se forma as relações
as profissionais 
as de amor 
de família de alegrias
é só aguardar um pouquinho
que o amor se sobrepõe
E a alegria volta
de fininho de mansinho
nos envolve inteira
e apaga o que na verdade
nem importância tem
O oposto é paciência
esta então, esta em falta! 
Desde o dia que nasci
É um tal de sublimar,
de pensar em outra coisa,
de ocupar o tempo vago
pra não se impacientar.
E neste vai e volta
vai girando a minha vida
acho que não to sozinha 
só acho....


sábado, 17 de dezembro de 2016

ainda esta vazia


Praia suja 
muito vento
assim a caminhada foi
de quietude e solidão
 A música já esta mais alta, 
de qualidade duvidosa
a betoneira não para 
a pressa do final de ano.
então temos
ruídos que abafam o cantar da passarada
Isto tudo com vento
forte.
Mas é sábado
e o sol promete firmar
amanhã.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

A última lua cheia de 2016


Lua cheia em Gêmeos
repito mas nem entendo
astrologia é um mistério
mas é meu signo
dividido
meio a meio
Paramos só pra fotografar
que logo ela sumiu
no meio da névoa escura
Só o clarão ficou
marcando sua caminhada
pelo céu sem estrelas.
Que a próxima seja só de
esperanças
esperanças que se realizem.
O ano cheio de sustos!
Ano par eu desconfio,
é a minha luta entre 
a minha ancestral
superstição
e a ciência
meio a meio
inteira mesmo
só a lua,
ontem. 

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

in memoriam a todos os avós contadores de histórias

O meu contava histórias do Pedro Malazarte
escurecia a sala, os netos ao redor
ou escolhia um neto e saia a passear 
mostrar o mundo 
nome de árvores, pássaros...
 o primeiro hippie,
cortava as calças sociais desfiava a barra,
usava tamancos,
 terno marrom 
tinha vários 
Amava os netos com devoção
criou uma.
Outros avós liam historias para seus netos
da coleção
Mundo da Criança
aqui vai um poema 
de uma menina que nasceu no mês de maio
olha que amor


O avô da Renata
contava pra ela
mulheres de sorte somos
tivemos o melhor dos nossos avós. 

Dia da Senhora


Dia da mãe Maria 
Maria da Conceição
protetora das crianças,
senhora dos rios,
mãe Oxum
Valei-me ó mãe,
que debaixo deste lenço sobre areia fofa.



Bem ali aonde ando,
O mar varreu
 o lençol de areia
e mostrou o caminho de pedras
valei-me minha mãe
as rochas estão afloradas


mostram a fragilidade dos meus pés.
Valei-me minha mãe
que o caminho tem sido de pedras
alisa minha mãe
devolve a areia, alisa
me deixa passar sem tanta dor.


Cuida dos meus passos minha mãe
que eu tropeço sozinha;
equilibrista,
desta vida sem replay.
Me mantém atenta,
limpa o meu coração
orienta o meu passo,
me da a tua mão
Não me deixa olhar pra trás
Sigo em frente 
senhora 
certa da tua proteção.
Desço ali
hoje na chuva
me benzo
água salgada
mistura a lágrima!

domingo, 4 de dezembro de 2016

Santa Barbara, Iansã


Por que a surpresa?
Hoje é assim
Ventania,
vento,
tempestade;


é dia de Santa bárbara
mesmo em Rio Grande
criança
o vento nos surpeendia
e olha que la 
é Iansã todo o dia!!


O vento sul por aqui
não deixa ninguém sossegar
É um tal de bate janela
de saias a levantar 


Mas se ela, rainha dos ventos,
nada mais a se esperar
salve senhora das tempestades
Proteja 
 os barcos no mar.


Guarde-nos minha senhora
proteja a todos então
que hoje seu dia 
leve pra longe 
as tristezas
pra longe a inveja
nos traga o perdão
a benção senhora dos ventos
nos cubra a todos
com seu manto de
força e transformação.




sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

O cinema

Amo o Ricardo Darín
amo o cinema Argentino
amo o Papa apesar ou talvez por ser espiritualista.
Amo o Julio amigo de longo tempo
esta é a minha relação com a Argentina
Buenos Aires já foi pra mim bem próxima
Houve tempo em que íamos com facilidade
mas isto foi no século passado
Eu era solteira 
Fiz parte do meu enxoval lá
Fico feliz de ser do sul 
Fico feliz de ter estas influencias
esta solidão que só quem é de la sabe como é.
Acabo de assistir mais um bom filme Argentino
Fico grata ao talento dos atores 
grata ao diretor
agradecida pela hora ou mais 
de pura magia e encantamento.
A vida tem sido dura pra nós do sul
Ainda temos a arte pra nos resgatar
tempos de notícias ruins
vejo amor e romance
Inevitável Atração
Não sei diretor
nem atores
mas gostei.




quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

cautelosa


A caminhada de ponta a ponta
batendo na rocha
alongando
mas a Prainha é tão curta
nem vale como exercício.
É o que eu tenho coragem 
depois de tantos sobressaltos
vou 
toco nas pedras;


e volto pra minha praia,
descuidada,
desleixada,
abandonada,
cheia de coisas que o mar devolveu;
este ano nem limpeza temos. 
Como sempre foi 
inverno e verão.
Divido o espaço
com troncos
este que eu sento 
 parece escultura
como se dentro d´ água
se tivesse moldado
deve ser impressão,
não pode ser
uma sereia enterrada;
o sol se esconde 
assim que chego.



Já me avisa que será
entre nuvens a caminhada,
depois de um dia tão quente,
 quase acredito 
no ditado de diz
Deus nem gosta
de trabalhador !!
O sol pontualmente 
se esconde às cinco da  tarde.
Assim como eu 
encontro muita gente, 
cheia de calor e pena
não foi hoje 
quem sabe amanhã?