Pegadas

 

um dia so minha
no outro cheia de amigos e familia
hoje foi assim!!

BATISTA DE PILAR

 

BATISTA DE PILAR

 

Batista de Pilar

POEMA DE SÃO FRANCISCO

 

Guardai os passos dos andantes

que sobre os trilhos terrenos andam

Protejei as almas serenas

dos ataques das almas nefastas

Que o coração dos homens seja

País sem fornteira no continente da harmonia

Que as ruas contentes de minha Cidade

passem sempre ao lado das praças

aonde pousam pássaros tranquilos

vindos do céu do conhecimento

Cultivai o ensinamento do mestre

nos manuais da vida passageira

com páginas escritas ao vento

 

Batista de Pilar

morador de rua, poeta curitibano

louco, como são alguns poetas

que não suportam

o próprio talento e conciência
continua vivo
e produzindo
(ops!!)

Lua inteira

Eu ia caminhar na praia

e ver a lua cheia subir

inteira vindo do mar

Mas as nuvens bem fechadas

mal humoradas mesmo

me fizeram desistir

choveu tanto, tanto mesmo 

que vim correndo pra casa

banho quente e internet

fica pra próxima

se as nuvens deixarem

ciumentas!!

lapis de cor

 

caçadoras de arco iris

 

É manhãzinha
o trabalho espera
mas quem resiste?
este amanhecer colorido?
na Prainha
apontando pra casa da colega
em Ubatuba os lapis de cor
pintaram o céu
A Enseada ai esta
que não me deixa mentir

ressaca

 

o mar grosso de ressaca

tomou toda a praia

invadiu a restinga

fechou o caminho 

dos que andam pela areia fofa

e o vento era tão forte

que a espuma voava 

invadiu a calçada

já vi pior

ja vi juntar as duas praias

mas isto foi ha vinte anos ou mais... 

 

 

 

Anna e o mar

 

Não gosto mais de praia
Ah! Tu vais!! falam em coro as filhas insistentes
E aos quase 84 anos de vida
Anna vai a praia
Feliz da vida, dia sim dia não, la vai ela
Encontrar as amigas
mas principalmente obedecer às ordens
 do Dr. Duprah seu médico quando era menina
30 banhos de mar por temporada
Boa saúde o ano todo

AÇÃO E REAÇÃO

 

 

Ja que voce não se pode com a natureza

junte-se a ela

plante flores árvores grama

mesmo que voce não goste

a natureza se recompoe

se renova

brota aonde voce não esperava

arrancou nos fundos?

observe

Aonde voce jogou os galhos?

eles floreceram

relaxe e veja

 o mar segue morno o sol brilha

e a chuva de verão

ameaça e cai

 

 

 

tarrafa

 

eu paciente esperei
o pescador hesitava
ja ia embora
ele subiu na pedra
e lançou
depois outra vez
se apanhou algum peixe
não sei

céu azul acinzentado

 

agua morna e mansa
transparente
tardes ainda espichadas
acaba amanhã
fico numa tristeza só
preciso de mais tempo
mais tardes longas
É pouco, não me basta
quero mais
o inverno quando vem
se instala e não parte
que o verão permaneça
mesmo com tardes mais curtas
ainda é cedo
nem março é

catavento

 

hoje sem vento

coloriram a praia

tão mansa

que até parece março
cedo fomos minha mãe e eu
Ela de vestido
mas como nas senhoras de certa idade
quase tudo é permitido
la se foi ela de vestido e tudo mar adentro
só deixou as sandálias
amanhã vá outra vez
de roupa e tudo
que o mar
de bom grado
te recebe
Ès tua filha dileta
Ele te esperou ate hoje
amanhã estará la
igual


 

 

o temporal veio feroz
depois foi enfraquecendo
virou chuva mansa
 

BUDA

As vezes peço ajuda

a colega mais jovem

 volto e a vejo

numa impaciência beirando a fúria

Da mesma forma me sinto

todo o plantão la pelas dez horas

aí olho o relógio

percebo que deve ser a hora

me embrulho em um manto

quase budista tão tranquila

eu procuro ser

nem sempre da tempo

a impulsiva faladeira

toma frente

e  comete todo o tipo de gafes

mas quase sempre ouço impassível

alem do número do telefone o código da operadora

sustento com tranquilidade

os olhares de desprezo

quando peço para soletrar

Djennyffer

impossível adivinhar

 a criatividade das mães

nada mais é comum

não mais Marias

nem Veras

Sobrenomes alemães

são quase todos

bem complicados

mas também me incomoda

quando falam

muito devagar

bem articulado

Nunca fico satisfeita 

os dedos

mais ligeiros que o pensamento

me pregam peças

Difícil sou eu

meu atelier não reclama

nem eu quando estou lá

 

 

 

 

 

sabado amanhecendo na Prainha

 

dava vontade de ficar olhando

o aquário sendo feito

 

o clima convida
e afinal inspira
aquário no atelier
sendo criado
sensação que estamos
dentro de um la fora
tanta agua
chove....
e o carnaval
só nas imagens
e na imaginação

Céu de poucos amigos

 

nada convidativo
a chuva volta a qualquer momento

Enseada ao meio dia

 

a chuva mesmo mansa
empurra a todos
para debaixo
da barraca

visto da rede

 

o passarinho

de olho no alpiste

nem liga a minha presença

 

A TROCA

Helicóptero

antigas colegas

 caminhadas

trasferências

almoço de domingo

mesmo trabalhando

um pouco e tudo

e eu agitada

contrapondo o colega

sempre tranquilo

Elas estranharam eu acho

eu estranhei

na hora do desmaio do paciente

os braços dos meninos

agora a chuva pesada

a conversa pelo telefone

noite escura

a chuva tudo dissolve

amanhã

meu domingo