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terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

BUDA

As vezes peço ajuda
a colega mais jovem
 volto e a vejo
numa impaciência beirando a fúria
Da mesma forma me sinto
todo o plantão la pelas dez horas
aí olho o relógio
percebo que deve ser a hora
me embrulho em um manto
quase budista tão tranquila
eu procuro ser
nem sempre da tempo
a impulsiva faladeira
toma frente
e  comete todo o tipo de gafes
mas quase sempre ouço impassível
alem do número do telefone o código da operadora
sustento com tranquilidade
os olhares de desprezo
quando peço para soletrar
Djennyffer
impossível adivinhar
 a criatividade das mães
nada mais é comum
não mais Marias
nem Veras
Sobrenomes alemães
são quase todos
bem complicados
mas também me incomoda
quando falam
muito devagar
bem articulado
Nunca fico satisfeita 
os dedos
mais ligeiros que o pensamento
me pregam peças
Difícil sou eu
meu atelier não reclama
nem eu quando estou lá
 
 
 
 
 

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