Madrugo, parto,
as imagens correm
eu sonoleta.
Então o campus, como esperado
lindo e cheio.
Juventude
A peça clara,
a moça sentada corretamente;
roupa discreta;
rosto impassível;
em volta amigos e amor.
Professores convidados
afinal é defesa de um mestrado.
A orientadora chega 45 minutos atrasada,
não se desculpa!
Deve ser de praxe.
Eu não sou mestra em nada, nem assisti nada igual.
A moça de voz modulada
transparece sua tensão
pelo tremor das mãos.
Poe um choro,
ouvimos.
Jacob do Bandolim toca lindamente
"Andre de sapato novo''
Então se mistura ludicamente
música poesia pintura e cor
a relação e o abraço entre todas as artes
que se completam
e fala com encanto e paixão e lucides e eu que não sou do ramo
amo a ideia!
Me sobressalto aos comentários dos professores
Tenho vontade de falar;
muda
imóvel não tiro os olhos dela,
que faz anotações.
Eu ouço palavras
desobediência
novo
ousadia
enfim
Tudo o que ela é afinal
Sacode a poeira das citações
É firme nas sua defesa
se recompoe
as mão firmes
fala bem e tudo fica lindo
escrevo este texto, crônica, poesia;
enquanto ouço o choro
interpretado por muitos.
E me vem a cabeça
o calor do momento,
leveza,
poesia,
não só a concreta, meu amor,
Da vida ser um poema
sem rima
sem métrica
embalada de músicas de todos os ritmos
e pinceladas de todas as cores.
Não chorei,
mas me deu uma vontade de bater palmas,
pra esta mulher que se reinventa
a todo o momento
O mérito é todo dela
mulher inteira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário