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sábado, 16 de abril de 2016

acadêmico


Madrugo, parto,
 as imagens correm
eu sonoleta.
Então o campus, como esperado 
lindo e cheio.
 Juventude
A peça clara,
a moça sentada corretamente;
roupa discreta;
rosto impassível;
em volta amigos e amor.
 Professores convidados 
afinal é defesa de um mestrado.
A orientadora chega 45 minutos atrasada,
não se desculpa! 
Deve ser de praxe.
Eu não sou mestra em nada, nem assisti nada igual.


A moça de voz modulada 
transparece sua tensão
pelo tremor das mãos.
Poe um choro,
ouvimos.
Jacob do Bandolim toca lindamente
"Andre de sapato novo''
Então se mistura ludicamente
música poesia pintura e cor
a relação e o abraço entre todas as artes
que se completam 
e fala com encanto e paixão e lucides e eu que não sou do ramo
 amo a ideia!
Me sobressalto aos comentários dos professores
Tenho vontade de falar;
muda
 imóvel não tiro os olhos dela, 
que faz anotações.  
Eu ouço palavras 
desobediência 
novo
ousadia 
enfim
Tudo o que ela é afinal
Sacode a poeira das citações
É firme nas sua defesa
se recompoe
as mão firmes
fala bem e tudo fica lindo
escrevo este texto, crônica, poesia;
 enquanto ouço o choro
interpretado por muitos.
E me vem a cabeça 
o calor do momento,
leveza,
poesia, 
não só a concreta, meu amor,
Da vida ser um poema 
sem rima 
sem métrica 
embalada de músicas de todos os ritmos 
e pinceladas de todas as cores.
Não chorei, 
mas me deu uma vontade de bater palmas, 
pra esta mulher que se reinventa
a todo o momento
O mérito é todo dela 
mulher inteira.

   

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