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quinta-feira, 25 de agosto de 2016

desconstruindo as sinhás

Puro orgulho e preconceito
sentadas entre chales e chas
vivem de tradição
de uma estirpe inexistente
agarradas ao sangue
que nem corre em suas veias.
Vivem enclausuradas em seus castelos 
de fantasias;
de um passado que não houve.
O passado desta ilha nunca foi delas 
pertence aos índios
 não os índios 
dos romances de Jose de 
Alencar.
 Os reais que
seguem sendo chacinados 
cultura e saúde. 
Pela indiferença de gente como elas.
Cada uma em sua própria casa
em suas redes sociais 
aonde são sempre vistas
em lugares lindos
com champanhe e caviar
mundo de fantasia.
Num Brasil dividido
Entre a elite
os que pensam que são elite 
os que desejam chegar a elite
e os que tem que comer todo o dia 
que não tem nem tempo nem paciência pra 
mundo da fantasia.
Pobre senhoras 
vivento em outra época 
ao sair fingem não ver a realidade
Pobres e sujas crianças índias, 
pelos chãos da cidade histórica, 
vendendo cestaria 
pelo preço de nada;
viram o rosto com certeza,
ignoram os que sim 
foram donos. 
Tinham sua história nestas praias
foram roubados, 
enganados, assassinados
e as substitutas são as sinhás
pobres coitadas,
em extinção também 
sem saber.

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