O lugar é limpo, novo e os profissionais sorridentes e solícitos.
O meu doentinho esta em uma das camas da observação masculina sendo medicado.
A cadeira para o acompanhante é de plástico sou leve, escorrego dela,
não tenho posição,
as horas param.
Chega uma tentativa de suicídio com a esposa,
logo chega cabelos brilhante com dor na face;
fechamos as cortinas.
Assim se dividem os grupos dos pacientes
cada um com direito a um acompanhante.
As duas mulheres começam a conversar
o assunto é de dor e sofrimento
apoiam uma a outra
algumas de nos, mulheres somos assim.
Adoramos contar a vida a estranhos
o assunto de confessionário em tom de sala de visita.
Ninguém dorme,
meu paciente, impaciente reclama
em vão.
a enfermeira explica
aqui não se dorme nunca
estamos com sorte não ha gritos nem polícia correndo
mas quando acalma aqui dentro
Ha buzinas e música alta dos carros la fora .
Movimentada esta avenida!!
Estranho, tenho tanto silêncio sempre,
noites de corujas e grilos
manhãs de passarinhos cantando!
Paciência o dia
amanhece
demora mas amanhece
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