Eram duas casas grandes
sobrados
construídas por duas irmãs.
Uma foi embora e vendeu a casa
Ai chega a vizinha
Pessoa generosa muitos filhos,
casa cheia, fartura.
O marido rico ganhara na sorte grande;
muitas vezes!
Assim se chamava a loteria daquela época.
Era rica e generosa
recolheu a moça
maltratada pela madrasta;
la viveu feliz, namorou e casou.
No seu casamento se conheceram
meu pai e minha mãe
Ele padrinho do noivo desceu a escada,
atrasado,
amor a primeira vista.
E segue a vida na casa
cães de raça
tapetes da Reinghants
deixados ao relento;
chuva e sol,
quando a dona da casa descobriu.
Que uma das empregadas da casa,
adoeceu ficou de cama
e ela cuidou
como se fosse filha
estava grávida do seu marido,
desgosto!
A cada vez que o via
seus olhos se enchiam d´água.
Foram criados
irmãos por parte de pai
quase mesma idade
o filho da amante e o dela
casas separadas,
vidas paralelas.
O marido nunca deixou a amante
Nem a ela tampouco;
a casa largada
entrava la, era clara
paredes,
descascavam;
crianças brincavam.
Já netos então
a vida seguiu,
decadência
a casa envelheceu
ela também
perdeu a casa
perdeu o marido
perdeu a esperança
morreu.
Doce mulher
doce lembrança
enquanto viveu
cuidou de todos;
deve estar bem
aonde estiver.
triste...a velhice já magoa não precisa de complementos.
ResponderExcluirMas, como vc diz: deve estar bem agora.