A caminhada de ponta a ponta
batendo na rocha
alongando
mas a Prainha é tão curta
nem vale como exercício.
É o que eu tenho coragem
depois de tantos sobressaltos
vou
toco nas pedras;
e volto pra minha praia,
descuidada,
desleixada,
abandonada,
cheia de coisas que o mar devolveu;
este ano nem limpeza temos.
Como sempre foi
inverno e verão.
Divido o espaço
com troncos
este que eu sento
parece escultura
como se dentro d´ água
se tivesse moldado
deve ser impressão,
não pode ser
uma sereia enterrada;
o sol se esconde
assim que chego.
Já me avisa que será
entre nuvens a caminhada,
depois de um dia tão quente,
quase acredito
no ditado de diz
Deus nem gosta
de trabalhador !!
O sol pontualmente
se esconde às cinco da tarde.
Assim como eu
encontro muita gente,
cheia de calor e pena
não foi hoje
quem sabe amanhã?
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