O muro alto,
caiado de branco,
Já foi sobre uma duna mas no corta e recorta, do bairro
acabou sobre uma rampa íngreme gramada.
Ali tem um atalho, uso em dias movimentados;
é um corredor a céu aberto,
entre o muro branco e uma hamburgueria;
corredor estreito de areia quente,
com uma grama queimada pelo sol e pela seca.
Em frente a este muro retangular
árvores frondosas oferecem sombra até um certo momento do dia.
estaciono nestes dias em frente ao pequeno cemitério;
que pela beleza do mar ninguém percebe.
Nem a ele nem ao atalho, muito menos a sombra acolhedora.
Caminho por la tentando abstrair, olho para o chão quente;
vejo no muro rachaduras,
lascas de parece caíram deixando à mostra outra parede
penso, sem querer, que deve ser um túmulo!
Penso ainda que um dia destes vou acabar tropeçando em uma ossada.
Cruzo a rua, passo pela restinga escassa
chego à praia e esqueço
mas hoje ainda é lua cheia....
Entre uma praia e outra
que se contorna a pé,
Um sambaqui!
Outro cemitério, este dos nossos índios Carijós.
Sedimentos de material foram depositados na rocha nua
Hoje é um morro tombado pelo patrimônio histórico.
Ali grutas fechadas pelo mato denso ha o outro cemitério.
Ninguém se impressiona ou sabe talvez,
Por um atalho estreito,
se sobe pra ver uma impressionante
lage lisa escorregadia que desce em rampa até o mar;
mar que lava a rocha
em dias de ressaca!
De tirar o fôlego!
Esta ilha é assim
vida e morte juntas misturadas
Ninguém percebe.
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