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quarta-feira, 16 de maio de 2018

O Oco

A volta foi complicada,
a casa vazia a muito tempo, recendia a mofo; 
as pareces pareciam fechar sobre mim,
respirei fundo, abri as janelas!
  o recomeço foi com o oco da casa indo,
 certeiro, pra dentro do meu peito!
Convivi com este vazio por um tempo.
Dia a dia me ocupando, fui esquecendo,
o vazio preenchido por luz, cor, sal, sol. 
Trabalho, amigos, família, a que tinha aqui;
regaço de mãe.
Anna já adoecida seguia perdendo peso!
Sobrevivemos, a doenças, a perdas irreparáveis!
Meu pai partiu, mas segue entre nós com sua presença forte
É lembrado dia a dia
Envelheci e vejo variações das histórias de vida. 
Eternos recomeços.
Assisto inquieta sem poder de ação nem de intervenção!
Cada um vive sua vida e escolhe o que vai ser! 
O vento arrancou mais um pedaço de casca do Eucalipto morto,
mas na chuva de ontem o cheiro a terra molhada voltou!
Agradeço!

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