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sábado, 10 de setembro de 2016

Agua mole



Pedra dura
dura memória
de solidão
hoje foi tanta a palavra escrita
que to sem voz
escorreu para as mãos
pros dedos 



Escorreu pro papel
que é tela 
de computador


Do nó da garganta desfeito,
à garganta arranhada
um pulo
perdi hoje por um tempo
como acontece 
uma vez ao ano
a voz 
a minha melhor arma
a palavra escrita 
a cor 
atelier 
Pra trabalhar
a dor,
este sofrimento não é meu!!


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